A obra de construção do Centro Escolar do Torrão pôs a descoberto diversos achados arqueológicos do período romano, com destaque para um conjunto de tanques, uma cisterna e três esqueletos – homem e mulher com criança ao colo – presumivelmente uma família.
O excelente estado de conservação das estruturas e a sua grande extensão, que já chega aos 500 metros quadrados, vai obrigar a ajustes na implantação de um dos módulos do estabelecimento de ensino, de forma a salvaguardar os vestígios.
“Encontrámos o que pode ser um complexo de termas ou um complexo industrial romano, mas ainda não conseguimos apurar qual a produção que aqui poderia ter lugar, nem a época exacta, o que talvez seja esclarecido com o estudo de duas moedas que também achámos”, adiantou Catarina Cabrita, a arqueóloga responsável pela escavação. Quanto aos esqueletos, a arqueóloga explicou que “em contexto romano é habitual a reutilização de tanques como sepultura após a desactivação da sua utilização inicial”, acrescentando que, ao contrário do enterramento descoberto no âmbito da construção da Escola Secundária de Alcácer do Sal, em Agosto último, os agora detectados no Torrão “não apresentam artefactos que possam ajudar à datação aproximada”.
Para além de três tanques completos, diversas estruturas, muros e degraus, a equipa encontrou cerâmica doméstica e de uso industrial, as moedas já mencionadas e cerâmica “fina” importada, mais propriamente terra sigillata.
Estas descobertas na vila do Torrão não provocaram grande surpresa aos arqueólogos da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, responsável pela obra do Centro Escolar, pois aquela área já estava identificada como sensível deste ponto de vista, daí o acompanhamento arqueológico desde o início. “A dispersão e dimensão dos achados é que ganham relevância para uma localidade como o Torrão, mas têm provavelmente a ver com a passagem muito perto da ligação a Beja, já existente na época romana e cujo traçado foi aproveitado pela actual estrada”, concluiu a arqueóloga.
As escavações vão continuar, para que mais esta vertente do rico património arqueológico do concelho de Alcácer do Sal seja melhor conhecida e valorizada.
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in http://www.rostos.pt/inicio2.asp?cronica=142994&mostra=2&seccao=autarquias&titulo=Alcacer-do-Sal-%0AObra-do-Centro-Escolar-do-Torra
O excelente estado de conservação das estruturas e a sua grande extensão, que já chega aos 500 metros quadrados, vai obrigar a ajustes na implantação de um dos módulos do estabelecimento de ensino, de forma a salvaguardar os vestígios.
“Encontrámos o que pode ser um complexo de termas ou um complexo industrial romano, mas ainda não conseguimos apurar qual a produção que aqui poderia ter lugar, nem a época exacta, o que talvez seja esclarecido com o estudo de duas moedas que também achámos”, adiantou Catarina Cabrita, a arqueóloga responsável pela escavação. Quanto aos esqueletos, a arqueóloga explicou que “em contexto romano é habitual a reutilização de tanques como sepultura após a desactivação da sua utilização inicial”, acrescentando que, ao contrário do enterramento descoberto no âmbito da construção da Escola Secundária de Alcácer do Sal, em Agosto último, os agora detectados no Torrão “não apresentam artefactos que possam ajudar à datação aproximada”.
Para além de três tanques completos, diversas estruturas, muros e degraus, a equipa encontrou cerâmica doméstica e de uso industrial, as moedas já mencionadas e cerâmica “fina” importada, mais propriamente terra sigillata.
Estas descobertas na vila do Torrão não provocaram grande surpresa aos arqueólogos da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, responsável pela obra do Centro Escolar, pois aquela área já estava identificada como sensível deste ponto de vista, daí o acompanhamento arqueológico desde o início. “A dispersão e dimensão dos achados é que ganham relevância para uma localidade como o Torrão, mas têm provavelmente a ver com a passagem muito perto da ligação a Beja, já existente na época romana e cujo traçado foi aproveitado pela actual estrada”, concluiu a arqueóloga.
As escavações vão continuar, para que mais esta vertente do rico património arqueológico do concelho de Alcácer do Sal seja melhor conhecida e valorizada.
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